quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

E tenho mania de...

Bom...tenho mania de escrever meu nome várias vezes quando estou pensativa e por um acaso há papel e lápis por perto, sendo assim, não controlo os dedos e tampouco a mente. Michelle, Michelle, Michelle...desenhos de estrelas,dados e casinhas com janelas e portas nos mínimos detalhes – despertaram em mim uma curiosidade fora do normal. E como a maioria das pessoas, recorri a consulta na web e achei alguns significados. Que me perdoem os psicólogos, mas como nestes significados só achei boas justificativas para minhas manias, fiquei feliz e resolvi repassar as informações.

Espirais
Quem fica desenhando espirais não gosta de ficar sozinho. Desenhos assim são feitos, geralmente, por pessoas que gostam de se destacar no grupo e batalham para ter alguma função em qualquer lugar, em qualquer turma.


Flores
Se você, vira e mexe, desenhar flores, é uma pessoa sensível. Seu jeito meio maternal deve fazer muito sucesso entre sobrinhos e primos menores.

Setas
Desenhar setas significa alguma idéia fixa. Se elas apontarem para baixo ou para esquerda, elas falam de alguma coisa que já passou. Se elas apontarem para a direita, indicam futuro. Se as setas apontarem para cima, você deve estar entediado(a) e é bom se programar direitinho para o próximo fim de semana.

Olhos
Você é curioso(a) ou esta procurando alguma solução para um problema se desenhar olhos. O sentido do olhar também é importante: para a esquerda, indica algo no passado; para a direita, mira
o futuro. Se você tiver desenhado olhos fechados, é provável que não esteja querendo enfrentar uma situação ou não queira admitir algo cruel sobre si mesmo.

Círculos
O hábito de desenhar círculos indica que você é uma pessoa que se completa, mas gosta de passar bastante tempo com as pessoas. No entanto, se são vários círculos que se sobrepõem, você gosta de ficar na sua. Pode ser, também, que esteja tentando guardar um segredo. Se você costuma completar o círculo cuidadosamente, deve já ter-se dado mal ao se abrir com os outros e, agora, tenta se fechar
mais.

Caras e Bocas
Tudo indica que se sinta bem ajustado(a) ao seu mundo. As expressões dessas figuras que surgem do nada também revelam como você esta se sentindo. Ou seja: quem esta contente desenha pessoas felizes. Se em vez disso, o que surgem no papel são figuras esquisitas, fantasmas, algo deve estar pegando na sua vida.

Nomes (Pedro, Alice, Romeu, Andréia, ....)
Se você não para de escrever seu próprio nome, pode ser um jeito inconsciente de demonstrar que esta triste ou se sentido rejeitado(a) pelos outros. Mas pode também significar que você anda muito
preocupado(a) consigo mesmo e, que nesse momento, nada mais importa.


Cubos
Desenhar cubos revela uma pessoa que nada tem de preguiçoso(a). Pelo contrário: você é criativo(a), motivado(a) e gosta de pôr a mão na massa, de participar. Desenhar um cubo dentro do outro demonstra frustração com alguma coisa ou alguém.


Estrelas
Rabiscar estrelas é um sinal de ambição, de que você tem objetivos bem definidos na sua cabeça. Se as estrelas forem simétricas, você sabe analisar as situações, é curioso(a) e seguro(a) de si. Já as estrelas disformes, assimétricas, indicam que você tem muita energia, mas não sabe bem como usá-la.

Casas
Desenhar casas significa estar se sentindo bem no lugar onde se vive. Uma casa aponta para uma sensação de conforto, paz com a família, mesmo que algumas brigas com os irmãos pareçam dizer o
contrario. Mas se a casa não tiver janelas nem portas, isso pode indicar uma sensação de pouco espaço.

Linhas
Linhas retas são feitas por quem é entusiasmado(a), tem objetivo(a) e vai direto ao ponto. Linhas em ziguezague ou que se cruzam várias vezes indicam que alguma coisa mexeu muito com você, mas sua opção é não pôr o dedo na ferida. Ao menos por enquanto.

Ondas
Você esta pronto para mergulhar em alguma coisa nova, que pode mudar a sua vida. Ondas lembram movimento, expectativa de uma oportunidade especial ou desejo de cair fora, rapidinho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Revolução na tv e também em campo


Em tempos de tv digital, quem chamou mesmo a atenção da mídia no último domingo foi a torcida corinthiana. Parece que pelo menos a fiel torcida, a segunda maior do país (perde apenas para a torcida do Flamengo), soube administrar bem o início da crise, a recepção aos jogadores foi tranqüila. Nem mesmo a estréia da tv digital no Brasil no mesmo dia, tirou o foco da crise do “timão” paulista. Em solo gaúcho, as fotos do empate do Corinthians contra o Grêmio no Campeonato Brasileiro foram destaques nas capas de jornais de segunda-feira.
Crise para o Corinthians, que segue na segunda divisão do campeonato em 2008, mas prestigio para a série B do campeonato que contará com a presença do timão e sua fiel torcida. Ironias a parte, o Corinthians terá que se adaptar à realidade da segunda divisão. Grandes times já passaram por essa árdua experiência, o tricolor gaúcho, o Grêmio é exemplo, assim como Botafogo e também Portuguesa, que recentemente voltou à série A.
Os corinthianos gritavam no domingo: “Aqui tem um bando de loucos...sou louco por ti Corinthians...eu vivo por ti Corinthians...eu canto pra te empurra!” Provocavam os gremistas ao final do empate: “ão...ão segunda divisão!” Mais tarde em rede em nacional o pronunciamento do presidente Lula: “A transmissão digital é um salto de cultura para a população e vai estimular a indústria nacional”. Na segunda-feira, numa coletiva de imprensa, Andrés Sanches, presidente do Corinthians declara: "O Corinthians estava como um doente terminal, na UTI... infelizmente não foi recuperado".
De um lado a paixão pelo time demonstrada pela torcida. Do outro, as conseqüências da má administração, gastos elevados que causaram a tristeza dos torcedores. As imagens que foram vistas ao término do jogo no Olímpico, causaram nostalgia. Isso tudo levando em conta que o sinal de transmissão das imagens ainda nem é digital.
Ironias e provocações estarão na rotina do torcedor corinthiano. Ao ser rebaixado para a série B, o timão terá que se acostumar com uma realidade não muito deslumbrante em contraponto com a chegada da tv digital. Este “salto” da série A para série B vai continuar preocupando os corinthianos até 2009.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CRÔNICA: Coisas feitas pelo coração


"Nunca foi tão difícil escrever para ti, três tentativas com o celular nas mãos. Os dedos travados não conseguem digitar sequer uma única frase, na cabeça vários formas de iniciar, mas nada vem do coração como antes.
Fecho o campo de mensagem do meu celular e imediatamente abro um sorriso - símbolo positivo de que há de fato uma superação, uma quebra de barreiras. O sorriso é de alívio por desistir. Estranhei meu comportamento, mas admito que demorei e muito para perceber que os meus sentidos não precisavam mais daquele sentimento. De tão abstrato já não trazia mais grandes emoções, nem sonhos, nem expectativas - nem momentâneas e nem futuras."


Depoimento de "Mônica"

------------------------------------------------------------------------------------------------"Entra no trem, coloca os fones nos ouvidos e segue viagem com pensamentos soltos: ele parece estar longe e sua memória viaja também. Diferentemente do trem que possui um rumo, as idéias o perturbam e o proibem de saber a previsão de onde vai parar. A memória o força a trazer boas lembranças de "Mônica" e a saudade da garota de um tempo que não volta mais.
Ela que nunca mais ligou e nem mandou mensagens...ela que tanto o importunava com surpresas e letras de músicas, ela que mesmo estando longe transmitia em sonho uma certa energia boa.
"Eduardo" percebe que "Mônica" já não está na sua sintonia. E isso o perturba! Decide então ligar para a garota, quer saber dela, como está, o que anda fazendo da vida, se está feliz. Mas esbarra na idéia fixa de que "Mônica" não quer mais vê-lo, nem quer mais saber dele, em como ele está, e o que ele anda fazendo da vida e se está feliz!
Pensa em mandar uma mensagem, abre e fecha o campo mensagem no celular várias vezes, o hábito de digitar não é muito comum a ele e isso facilita na desistência. Triste e angustiado desce na estação e para sua surpresa...

Minha percepção sobre "Eduardo"
-----------------------------------------------------------------------------------------------"Mônica" está na estação, mas por alguns segundos apenas, a garota de um tempo que não volta mais, decide entrar no mesmo trem que "Eduardo" desceu... ele não sabe que, o que motivou "Mônica" a entrar no trem foi exatamente o fato de tê-lo visto rapidamente.

Minha análise...diante dos fatos!
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"Quem um dia irá dizer / Que existe razão / Nas coisas feitas pelo coração? /E quem irá dizer
Que não existe razão...?"

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Não houve tempo pra nada, "Eduardo" parou na estação e ali ficou vendo "Mônica" dentro do vagão que ia se distanciando. "Mônica" permaneceu imóvel próxima a porta. E pelo vidro podemos notar (eu e eduardo) os olhos de "Mônica" iluminados pelas lágrimas!

Nossa percepção ("Eu" e "Eduardo")

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Ela não soube me explicar porque chorou e porque fugiu!
Ele não quis falar, chorou e pensou que nunca mais sentirá a sintonia dos bons pensamentos de "Mônica".
Acho que encontros agora somente em sonhos não desejados por ela ou ao acaso proporcionado pelo destino, como nesse dia da estação!
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e pior que:
"todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz!!!!"
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"Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão...?
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Michelle Raphaelli

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Brincando de ser Mulher - Nova Versão


Batom vermelho, “blush”, sapato de salto alto e um espelho bem “grandão” no quarto da mãe ou da avó. Lembro-me bem desta fase em minha vida, em que eu ficava em frente ao espelho da minha avó Rosinha e ali diante daquela imagem refletida, me transformava. Maquiagem exagerada, batom que aumentava a boca, beijos no espelho, anéis em todos os dedos, pulseiras, colares. Enfim, eu lembrava e muito a personagem “Porcina” da novela Roque Santeiro. E de fato era assim que me chamavam quando aparecia daquele estado. Em frente ao espelho, com o ventilador ligado ousava poses de “Marylin Monroe”, que eu via na tv e nas revistas velhas da minha mãe.
Não tinha consciência de que aquela brincadeira despertava em mim um sentimento, um desejo de ser mulher o mais rápido possível. Menina que ainda brincava de bonecas, mas que se idealizava como uma mulher bonita e sexy. Acho que toda aquela maquiagem era a maneira que tinha de esconder a cara de criança, o sorriso de menina; que embora tentasse esconder com maquiagem, transparência no momento em que eu caminhava com aquele salto número 15, cambaleava, mas não caia.
Passados alguns anos, as brincadeiras com as maquiagens da avó, roupas e sapatos da mãe perderam a graça – menina magra, alta e cheia de apelidos na escola. Aliás, toda pré–adolescente sofre com os apelidos, e os preconceitos: gordinhas, magras. Mas assim que o primeiro amor de menina surgiu, os problemas com as pernas finas demais desapareceram e agora, as preocupações do dia eram que roupa vestir para ir até a escola? Como arrumar o cabelo? Qual a cor do batom?
As primeiras perguntas, curiosidades com o corpo, os primeiros preconceitos que envolvem a adolescência de uma menina, não se restringem apenas às dúvidas sobre sexo, a menina sente toda a transformação em seu corpo, sente sua alma infantil se despedir e tudo se modifica.
Hoje, as informações sobre sexualidade estão em todos os lugares: escola, tv, internet, revistas, livros. Em outros tempos, tudo era bem diferente, não havia diálogo. As mulheres eram oprimidas pela sociedade, não tinham abertura para falar sobre seus anseios, seus objetivos, desejos – e isso era repassado no relacionamento entre mães e filhas. Os tempos mudaram e falar sobre determinados temas não é mais tabu. Ao analisar a questão da mulher hoje e a mulher nos tempos de minha mãe, ou de minha avó, notaremos que há mais liberdade, mais informação e mais confiança.
Existe uma abertura para falar livremente sobre sexo com quase todo mundo – as meninas sabem que sexo sem camisinha é risco, e que a pílula ajuda a evitar a gravidez indesejada; elas conhecem os riscos de um aborto mau feito. Sempre quando o aborto aparece como tema de discussão, agradeço por minha mão não ter pensado nessa “alternativa” naquela época. Visto que eu nasci de uma gravidez precoce. E quantas “meninas mães” existem por aí? Não há como justificar uma gravidez precoce num mundo tão comunicativo.
O que quer uma mulher? Martha Medeiros numa de suas colunas responde que – “(...) uma mulher quer aprender a ser mais egoísta. Quer, ao menos uma vez na vida, pensar, só nela e em mais ninguém.” Martha tentou em seu texto responde para Freud que nós mulheres não somos tão complicadas. Às vezes acho que somos complicadas sim – não conseguimos ser egoístas porque temos o espírito materno, temos uma mania de proteger até o que não precisa de proteção. A mulher não consegue ser só mulher, ela quer ser tudo que puder ser – mãe, irmã, amante, filha, atriz, professora – são os conflitantes sentimentos femininos. E dizem por aí que somos o sexo frágil! Deixamos de ser frágeis há tempos.

Arte por alguns tostões e sua agenda valorizada

O teatro não é caro, é arte ao alcance de quem está ativo para recepção de cultura. Pense em apreciar a arte da representação e usufrua espontaneidade, exposição do improviso e interatividade imediata de público. E, se para isso for necessário, pagar alguns tostões, é justo, porque é arte. Nós brasileiros, porém, ainda preferimos programas de tvs como reality shows e novelas. Ao invés de investir em entretenimento teatral, nos enlatamos na telinha da tv de cada dia.
O que você faz com R$ 10 para o seu divertimento? Inclua arte na sua agenda. Por que não um teatrinho uma vez ou outra? A explicação para a raridade de público nos teatros talvez seja essa comodidade e facilidade proporcionada pela cultura midiática.


Opinião sobre a Matéria da Editoria de Teatro publicada no Babélia - 8ª Edição

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O amargo é que faz crescer!

Texto de um amigo...publicado no Blog dele:

Saber o sabor
É preciso saber o sabor da vida e degustá-la com amor. Conhecer o doce sabor das conquistas e engolir o amargo sabor das derrotas. Aprender a gostar do sabor da realidade é inevitável. Ora ela presenteia nosso paladar, ora nos azeda o estômago. Mas tão importante quanto conhecer os sabores é saber que nem tudo é tão saboroso quanto esperávamos. Enfim, seja doce ou amargo, o importante mesmo é saborear a vida e aprender com isso.

O Comentário da Jornalequeira aqui:
O amargo é que faz crescer...
não utilizo medidor para acrescentar açúcar!!
Vou adoçando...adoçando!
O saber adoçar é que é difícil...como saber a dose certa para cada momento amargo?
Só vivendo...sentido e saboreando!!!

Link Blog - Ricardo Machado : http://pensoufalou.blogspot.com

domingo, 14 de outubro de 2007

Com o passar do tempo...

Com o passar do tempo você percebe que
um simples sorriso faz muita diferença...
um simples abraço trnsforma segundos em longos minutos...
que o som da viola nos remete a outro mundo...
que estar sozinho requer equilíbrio emocional!

Com o passar do tempo você percebe
o real valor das pessoas...
o real sentindo das palavras: amizade...companhia...amor
você percebe que as pessoas são diferentes umas das outras e isso é o melhor de tudo!

Com o passar do tempo você percebe que
criar expectativa não é tão ruim assim,
que você zera a quilometragem ao dedicar-se a uma nova amizade
ao se dedicar a um novo reclacionamento.

Com o passar do tempo você
quer andar sozinho, mas não quer estar só!
quer ter alguém, mas tb quer parecer sozinho!
quer parecer confuso quando na verdade é totalmente previsível.

Com o passar do tempo você
perde a vontade de estar com algumas pessoas, para estar com outras.
adiciona conteúdo a suas companhias, quer estar rodiado de pessoas parecidas com você!

Com o passar do tempo você aprende
que a vida é assim mesmo, não podemos modificar, moldar seres...
somos assim mesmo cada um com uma forma distinta em defeitos e qualidades!
E perdemos tempo, tentando modificar, melhorar ou nos piorar!

Com o passar do tempo...ficamos maduros suficientes para entender que o tempo passou mas não foi em vão!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Senado - A vergonha nacional!

Segundo a Revista Veja, “O senado enterrou a ética e salvou Renan Calheiros”, reportagem da edição de 19 de setembro de 2007.

A reportagem da Revista Veja mostra que o governo federal e o PT se associaram a Renan Calheiros para garantir a absolvição do mandato do senador. Na denúncia da Revista há um trecho que mostra claramente os artifícios utilizados para conseguir votos a favor do presidente do senado – “... à custa de grandes e dispendiosos favores, com ingrediente de chantagem e ameaça e com a participação de personagens conhecidos pela atuação heterodoxa no submundo da política (...)”. A repórtagem acusa o governo por favorecer o Senador Renan Calheiros e faz com que os brasileiros sintam-se ainda mais envergonhados por creditar seus votos a parlamentares corruptos.

O presidente do senado absolvido das acusações gera exemplos aos demais políticos brasileiros já tão incrédulos. Quer dizer então que agora utilizar dinheiro público para pagamento de contas pessoais não é crime, e poderá ser um recurso utilizado com freqüência por outros políticos. Também está liberada a utilização, sem medos, de notas frias para comprovar ações não muito claras, assim como a invenção de empréstimos e outras ações obscuras que nem os senadores que votaram contra a cassação conseguem entender. Se Renan Calheiros foi absolvido, outros políticos poderão se encorajar a protagonizar ações desta mesma índole.

O Senado protagonizou, na última semana, cenas que envergonharam os brasileiros. A absolvição de Calheiros foi um golpe à ética na política nacional, o presidente do senado foi absolvido da acusação de quebra do decoro parlamentar. Numa votação covarde e secreta, 46 senadores feriram a credibilidade do senado brasileiro. Foram 40 votos contra a cassação de Renan, seis votos de abstenção que ajudaram a confirmar o quadro da absolvição contra 35 votos a favor da cassação.

E a opinião pública? Se imagem da Câmara já estava suja diante dos escândalos do “mensalão”, agora então estamos diante de um Senado brasileiro sem máscaras, mas com parlamentares covardes e indignos da confiança de seus eleitores, que se escondem atrás da possibilidade de uma votação secreta. Este episódio foi mais um golpe contra a credibilidade do dos políticos em geral e nos coloca diante de uma discussão sobre a importância de se ter um senado e de acreditar nos seus parlamentares.

Lula e o compromisso com a Ética até 2010

A reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2010 está descartada pelo próprio presidente da república, esta decisão foi publicada no jornal O Estado de S. Paulo. A candidatura do presidente Lula estava sendo questionada, e os outros partidos pressionados e bastante preocupados com a expressiva popularidade do atual presidente, já aguardavam este pronunciamento. Que outro candidato estaria à altura em popularidade para concorrer democraticamente com Lula? A constituição eleitoral atual permitiria esta reeleição? São questões que estavam fazendo parte da rotina política em Brasília.
Lula tem sua imagem quase que intacta diante das crises de seu partido, mesmo depois de tantos escândalos que envolveram políticos do PT. Isso tem sido notório em inúmeras pesquisas de opinião pública feitas no primeiro semestre de 2007 com a seguinte pergunta: Se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem estes. Em qual você votaria? Em várias simulações com outros futuros candidatos, o presidente da república apareceu em primeiríssimo lugar.

O terceiro mandato consecutivo de Lula vai de encontro a outro fator importante, a lei. Para uma disputa de terceiro mandato a constituição eleitoral terá que passar por modificações. Declarações polêmicas no cenário político já estão sendo dadas. Como, por exemplo, a do Senador Aloísio Mercadante (PT – SP) em resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que Lula e o Senador são contra mudanças na constituição para permissão de reeleição. E em contra ataque afirma, que quem fez estas alterações na constituição para garantir reeleição foi o FHC ainda enquanto presidente.

Em meio a provocações naturais no meio político brasileiro, uma decisão sábia de nosso líder de governo. A posição de Lula representa para o Brasil a mudança, a garantia da democracia e o fortalecimento do compromisso do novo governo que virá com a responsabilidade de uma futura administração. Além do enfrentamento da mídia com comparações inevitáveis com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a oposição terá que enfrentar e driblar as próprias críticas.
Se a declaração do presidente Lula se manter até o final de seu mandato – “Não sou candidato em 2010 nem se o povo pedir” - Lula estará firmando um compromisso em respeito à ética. Não havendo alterações na constituição e garantindo o fortalecimento da democracia no Brasil.

Fumódromos deixarão de existir

O Congresso Nacional abre espaço para discutir um projeto de lei ligado à área de saúde pública. Baseado no Plano de Aceleração do Crescimento da Saúde (PAC), que será apresentado pelo ministro José Gomes Temporão, o controle ao Tabagismo traz novamente a discussão sobre os fumódromos. O Projeto de lei que proíbe os espaços públicos especiais para fumantes está inteiramente de acordo com a política antitabagista do ministro da saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o Brasil como o país que mais reduziu o número de fumantes nos últimos dez anos. O Instituto do Câncer garante que as medidas preventivas de proteção à exposição do tabagismo passivo são passos importantes, mas segundo o diretor-geral, Luiz Antonio Santini, ainda há muito, o que se fazer sobre este tema. Os Médicos alertam - mesmo que a pessoa não se sinta incomodada pela fumaça, ela continua exposta a um tipo de poluição que pode causar câncer e doenças respiratórias, cardiovasculares e respiratórias.

A principal causa de morte evitável no mundo é comprovadamente o Tabagismo. Somente no Brasil são aproximadamente 200 mil mortes todo ano, incluindo fumantes ativos e fumantes passivos.

A opinião pública sobre os fumódromos gera polêmica, os estabelecimentos terão que obedecer a Lei caso ela seja aprovada pelo Congresso Nacional. Como lidar com o cliente nos bares, restaurantes, boates?

Cabe aos fumantes ter a responsabilidade aliada ao bom senso. Se quiser fumar, o indivíduo terá que buscar um espaço próprio, um ambiente ao ar livre ou não, para transformar em um fumódromo particular. Enfim, para não prejudicar a saúde de outras pessoas, o ato de fumar será solitário ou na companhia de outros fumantes.
Pode parecer radical, mas a nova lei servirá para apoiar o projeto do governo de Aceleração do Crescimento da Saúde. Além é claro, ratificará o acordo internacional da Organização Mundial de Saúde, OMS. O Brasil e mais 145 países assumiram o compromisso de adotar medidas que incentivem ambientes livres da fumaça do tabaco. Esta medida protege, sobretudo, a parte não-fumante da população e incentiva a campanha nacional antitabagismo.
A proibição dos fumódromos está aliada à proibição da propaganda de cigarro no país e também a divulgação de informações sobre os malefícios do tabaco e a assistência do SUS às vítimas do cigarro. Os resultados apresentados nestas ações já adotadas são positivos. Isso leva a crer que a medida prévia desta futura lei, apesar de polêmica, será igualmente benéfica se analisada sobre resultados na saúde pública futura.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Acertos e Ganhos

Dúvidas
Pensamentos
Segundos, Minutos, Horas
Dias, Meses, Anos
Decisões
Escolhas
Devaneios
Delírios
Ilusões
Decepções
Desculpas
Possibilidades
Pensamentos
Segundos, Minutos, Horas
Dias, Semanas
Uma decisão
SER FELIZ!!!!

Incrível o poder das palavras!!!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

By .@. fracari

Texto de um amigo...aliás meus amigos Poetas...só vou publicando e me deliciando com os textos que recebo!!!

Meu amor é rastro em desatino
Passo que se consolida na escuridão
Meu amor é tropeço frouxo
Indeciso e inseguro
Sustenido afiado
Desafinado
Meu amor é timbre rouco
sussurrado
Rastejante e viscoso
Meu amorInsiste
Em plantar paredes
E soerguer o chão
Meu amor existe
Para ensandecer
Para reinventar dilemas
Meu amor é cadeia e algema,
corrente
Estrada de via única
que permanece e continua
Caminho cravejado
Feito decreto vital
Mas eu,
Eu não estou ali

.@. fracari

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Fim do Jogo

Rafaela...como prometido a publicação de parte do teu poema:

"...Passa a vida a espera de alguém,
espera pelo príncipe encantado
o que mais sonha na verdade
é alguém que esteja ao seu lado.

(...)
fim de jogo: não existe vida bela
não existe coração aconchegado
não existe Cinderela
tampouco Príncipe Encantado."

Rafaela Damiani Ariza

sábado, 7 de julho de 2007

Negativando...silenciando...amando!

Sátira de um amor impossível...
Gosto de você mas não muito, não ao ponto de enlouquecer, não ao ponto de te querer tanto.Não com a mesma intensidade de antes, não quero que pense que te amo ainda.Não quero que pense que estava te esperando, não quero que desconfie dos planos que tenho.Não...não...não... Sigo “negativando”...não acredito, não planejo, não amo mais! Não tenho mais vontades, desejos e sonhos.
Tudo mentira!!Minto para meu coração, escondo dele os valores reais de um simples beijo seu, de um simples abraço...dos teus olhos na minha direção. Omito dele as sensações mais quentes e tento disfarçar o efeito afrodisíaco que o cheiro da tua respiração tem sobre mim.
Eu te adoro cada vez mais...como já dizia a música de Marisa Monte. “Te quero livre também, como tempo vai e vento vem...” Os sentimentos mudaram e te amar a distância tem sido uma emoção e tanto, os sentidos devorados pelo tempo e a razão livre para ser surpreendida a todo momento.
Quero morrer de amor, em doses homeopáticas, sentir cada arrepio na espinha...e se houver choro que seja de felicidade. A ilusão de ter você por perto...aquieta o coração e ameniza a saudade. Nos sonhos, vou te buscar na distância real em que estamos, muito longe e em frequências de pensamentos igualmente distantes. A intuição me manda seguir e onde quer que eu vá...levo você no olhar.
Tenho vontade de publicar teus segredos...e os meus, queria gritar para todo mundo saber q te amo ainda, mas não posso. Vou silenciar, ser ouvinte...sensitiva, medrosa mas nunca covarde. Vou te proteger no meu silêncio, mas estarei aqui sempre – atenta ao pulsar do coração, ao som do teu riso.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Sensibilidade Compensada

Perfil de Camila Lopes Rodrigues Nunes

A paixão pelo rádio trouxe Camila Lopes Rodrigues Nunes para Universidade, e o curso de Jornalismo na Unisinos ganhou uma aluna aplicada. Desde a infância ela ouvia rádio e se identificava com o que as ondas sonoras apresentavam aos seus sentidos. Talvez pela facilidade de imaginar, sensibilidade aguçada e pelo fascínio de ter alguém relatando os fatos, já que Camila é portadora de deficiência visual desde os três meses de vida.
O fato de não enxergar não impede Camila de levar uma vida tumultuada. Ao contrário do que se pode imaginar ela acredita que a aproximação e o contato com as pessoas precisa também partir do deficiente visual. “É importante estar ativo e se mostrar” – diz ela. Camila contou que andar de bicicleta pelas ruas do bairro Menino Deus em Porto Alegre nunca foi problema e as brincadeiras com os amigos, vizinhos nunca foram impedidos pela mãe. Pretende começar a praticar capoeira, pois se acha um pouco sedentária na prática de exercícios, mas gosta de sair para baladas e gostaria de ter mais convites e companhias para essa prática.
Camila foi alfabetizada em Braile antes de entrar na primeira série, em apenas 6 meses no Centro Luiz Braile. E todas as suas experiências com as questões de estudos foram positivas, desde relacionamentos com professores, colegas e agora na Universidade no quarto semestre do curso. Ela conta que alguns professores se esforçam para transmitir conteúdos das disciplinas. Há no curso disciplinas com muitos recursos visuais como, por exemplo, a disciplina de telejornalismo ou planejamento gráfico.
Aos 25 anos, filha de pais separados e com quatro irmãos, Camila vê sua mãe, Suely, como uma amiga mais que presente. É a mãe que a ajuda na compra das roupas e a organização do seu roupeiro. Como Camila nasceu prematura, permaneceu por alguns dias na encubadora, sua mãe acredita que o problema visual está ligado as luzes fortes deste equipamento, já que não há na família outros casos de deficientes visuais.
Camila fez algumas cirurgias na tentativa de reverter o quadro, e até os 14 anos ainda havia chance, pois ela tinha sensibilidade de luz, ela explica que houve erro na primeira cirurgia feita ainda quando era bebê, e este erro afetou o nervo óptico. A representatividade de cores é descrita por ela com certa precisão. Camila define conceitos de cores embora não consiga saber exatamente que tonalidade tem o preto, mas sabe dizer que é uma cor escura e consegue perceber vultos.
A falta da visão traz a percepção aguçada de outros sentidos. Camila tem ótima memória, gosta de perfumes, e sua audição é espetacular. A compensação pela falta da visão está nesses pequenos detalhes que passam um pouco mais despercebidos por quem possui este sentido. Há sem dúvidas compensação de sentidos.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Tenhos Fases

Fase de ser amiga, fase de ficar só, fase de ter um tempo, fase de observar e esperar...
...mas sou impaciente, tenho pressa!
Pressa de felicidade...pressa de sucessos...pressa de sonhos bons realizados...Estou no caminho!!

Descobri que o tempo é precioso!
A vida é danada mesmo, quando achamos que os trilhos estão traçados...mudamos a rota...
buscamos novas companhias, amizades e caminhos diferentes!!

Saudades? Tenho muitas...boas lembranças, lições, experiências: erros e acertos!! Mais acertos felizmente!!

Mas se às vezes fico triste, choro...
ouvi dizer q chorar faz bem, que purifica a alma!
O corpo fica leve...o sono pesado!

Bom mesmo é gargalhar...contar piada, e ouvir o barulho da chuva...
É sentir frio e beber vinho na frente da lareira!!
É dirigir sem sentir medo...É dançar e cantar no banho!

Tenho fases...
Felizzzzzzzzzzzz!! Seguraaaa!!
Redigindo as pautas da minha vida, selecionando as melhores fotos, guardando no coração o que me faz bem...fazendo backups ainda, mas a lixeira está vazia, definitivamente
não há o que jogar fora!

Cecília Meireles
“Tenho fases como a lua, fases de andar escondida, fases de vir para a rua...Perdição da minha vida! Tenho fases de ser tua,tenho outras de ser sozinha. Fases que vão e que vêm no secreto calendário queum astrólogo arbitrárioinventou para o meu uso. E roda a melancolia seu interminável fuso!Não me encontro com ninguém (tenho fases como a lua) No dia de alguém ser meu, não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu..."

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Pensamentos Anônimos no Trem

Ontem indo para a universidade, a van alinhou-se com o Trensurb num determinado ponto do caminho. Como sempre na ida para a aula e cansada de mais um dia de trabalho, acabo adormecendo na viagem como muitos dos estudantes da noite. Ao ouvir um estouro, acordei assustada, mas não era nada a não ser o trem que chegava ao lado da van na BR. Fiquei a observar o comportamento das pessoas dentro dos vagões. O tempo em que o carro ficou alinhado com o trem foi curto, mas suficiente pra que eu identificasse diferentes comportamentos.
Uma moça ruiva, na janela fixava os olhos em minha direção, como se estivesse observando a van, com a mão na boca e apoiada com o braço na janela, com um semblante preocupado, percebi que ela analisava o nada, nem sequer estava enxergando a van. Noutro vagão, um casal de namorados; ele com cabelos cacheados e rosto fino, parecia bravo, e ela, bonita, olhos claros, falava gesticulando como se estivesse discutindo. Este casal chamou minha atenção, estavam sentados em frente a outro casal: beijos e abraços, carinhos desavergonhados causaram uma inveja momentânea em mim. Senti-me como se estivesse invadindo a privacidade daquelas pessoas, mas na verdade se eu estivesse no trem, naquele momento, estaria observando também ou sendo observada.
Num outro vagão percebi a tristeza uma mulher que aparentava ter uns quarenta anos, chorava em silêncio. Ninguém parecia notar a tristeza dela, cada pessoa ali dentro do vagão parecia inerte a situação. Um homem, lendo um jornal ao lado dela, parecia estar encantado com as notícias, nem piscava. Outro dormindo, balançava o pescoço a cada movimento do trem, acordava assustado e pescoço voltava a cair quando ele retornava ao cochilo. E a mulher ali chorando. Eu, na van, observando e sentindo, absorvendo a sensação melancólica do último vagão do trem, que em seguida passou a frente e interrompeu minha análise. Após uns segundos ainda fiquei a pensar sobre o motivo que possivelmente faria aquela mulher chorar e estar com um olhar tão triste.
Hoje, quando vim para o computador redigir meu texto, decidi detalhar os sentimentos e comportamentos daquelas pessoas não sei explicar o porquê. Fiquei um pouco envolvida por aquelas expressões. O casal feliz e o casal estressado; o homem lendo o jornal inerte a situação da mulher ao lado que chorava; a ruiva preocupada e o cara que lutava contra o sono; todos me fizeram analisar os diferentes comportamentos das pessoas no cotidiano. Aquele era só mais um trem que ia de Porto Alegre a São Leopoldo. Quantas vezes o trem vai e volta neste percurso!? E quantas pessoas entram e saem nas estações? Quantos pensamentos, sentimentos passam pelos vagões do trem diariamente? Incalculável, mas mágica essa história de observar os comportamentos e os sentimentos. Agora sempre que eu pegar o trem, depois de ontem, terei a sensação de estar sendo observada como eu observei aquelas pessoas.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

8 ou 80

sussurros...gritos
risos...choros
abraços...beijos
amigos...namorados

Em proporção tudo é facilmente compreensível e até que ninguém fale o contrário não somos tão complicados assim.
O oito e o oitenta das minhas histórias estão baseados na certeza de dizer, sentir, admitir que, às vezes amo demais, às vezes erro demais ou "demenos" ...

Comigo é assim - oito ou oitenta, nem muito ao céu, nem muito ao inferno.
Digamos na medida certa - é como adoçar o café!

O riso é para quando acertamos a medida.
O choro é para quando erramos.

Os Beijos para comemorar, abraços para proteger o momento;
e entre amigos, de oito à oitenta, nesta escala de números...depois de sussurros, gritos, beijos e abraços - imaginemos agora tudo que pode acontecer!!



Em homenagem aos meus delírios:

fragmentos do poema "traduzir-se" Ferreira Gular.

"Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte
estranheza e solidão.
Uma parte de mim
pesa,pondera:
outra parte
delira."

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Fica aqui registrado um texto escrito há alguns meses.
Uma mistura de saudade e amor...pensamentos soltos...
"Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas, e que graças a esse artificio conseguimos suportar o passado."
Gabriel Garcia Márquez (O Amor nos Tempos do Cólera)

Lágrimas
Por Michelle Raphaelli

Não tenho um ombro pra chorar...
nem amizades confiantes para contar ...
que o coração também chora quando ama.
Portanto não se preocupe comigo
se cada vez que eu chorar,
parecer que meus olhos vão fechar...
porque o choro acumula,
as lágrimas ficam retidas sempre que sinto vontade de desabafar...
tenho a certeza de que alguém deve me entender,
só queria que esse alguém fosse você.
E neste espaço tão curto de tempo,
já percebi,que o mesmo amor que sinto
não está em ti.
Então a vida diz para eu seguir
seguir..seguir...seguir
lembro do seu sorriso
ainda como amigo e meu amor
vai diminuindo...
diminuindo...diminuindo...diminuindo
lembro do seu coração lindo
procuro nele o meu amor
mas ele foi sumindo
sumindo...sumindo...sumindo
E neste espaço tão curto de tempo,
fui percebendo
que meu amor por ti
foi desaparecendo...
desaparecendo...desaparecendo...desaparecendo.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A Mente Livre

Em meio às metáforas, idéias vão surgindo. E a mente livre abre caminho para uma explicação óbvia. Esses dias na van da faculdade, troquei algumas idéias com certa “criatura” que diz ser totalmente programado. Na real, o cara não usou o termo: “Sou programado!”mas as palavras dele enquanto se descrevia me fizeram pensar: “bah, queria ser assim!”. Ele é totalmente objetivo, não perde tempo com bobagens e ocupa a mente com tudo de mais produtivo que seu ciclo de vida oferece cotidianamente. Aproveita o tempo da van para ler, nas raras vezes em que conversa com os companheiros de viagens seus temas são sempre analíticos e um tanto questionadores. Nota-se uma vontade de incluir em cada estória um dado, uma informação extra.
E eu sempre tão hilária nas minhas colocações me senti um tanto quieta naquele dia, representei a ouvinte e lembrei em silêncio de uma frase que criei no perfil do meu orkut: “Tudo que difere do todo é no mínimo questionador e incentiva a opinião crítica.” Observei e confesso que tive o cuidado na hora de pronunciar meus pensamentos. Na verdade, aceitei tudo que ele falou sobre ter um diferencial e substituir ações não produtivas por atividades mais interessantes e positivas – como a leitura, planejamento, organização. Depois parei para pensar e percebi que ele perde tempo sim com algumas tentativas de acertar sempre. Perde a diversão e a oportunidade de gargalhar por bobagens, relaxar. A vida não pode ser tão séria. É produtivo saber um pouco de tudo, mesmo que pareça futilidade. Alguns assuntos por menores em importância nos fazem refletir sobre o comportamento em diversas situações – basta direcionar a mente para tirar deste ou daquele “evento” algo que acrescente experiência.
Costumamos guardar na memória elementos que poderíamos guardar no bolso ou no caderninho de notas. Me expliquem, porque temos a mania de decorar telefones? Basta armazenar o número na memória do celular. Se pararmos para analisar – vamos nos perguntar tantos outros exemplos de armazenamentos inúteis. A mente lotada – imaginem um sinal de alerta na sua testa piscando – “Não há espaço de memória!” - metáforas!! Incrível como uma simples troca de idéias na van me fez refletir – certamente não perdi tempo e nem ocupei a mente com bobagens – esvaziei minha lixeira, recuperei arquivos importantes que estavam no oculto e deletei as incertezas e mediocridades – abri minha caixa preta e a massa cinzenta ficou cor-de-rosa. Com a mente livre, me sobrou espaço para armazenar o meu projeto de felicidade.