quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CRÔNICA: Coisas feitas pelo coração


"Nunca foi tão difícil escrever para ti, três tentativas com o celular nas mãos. Os dedos travados não conseguem digitar sequer uma única frase, na cabeça vários formas de iniciar, mas nada vem do coração como antes.
Fecho o campo de mensagem do meu celular e imediatamente abro um sorriso - símbolo positivo de que há de fato uma superação, uma quebra de barreiras. O sorriso é de alívio por desistir. Estranhei meu comportamento, mas admito que demorei e muito para perceber que os meus sentidos não precisavam mais daquele sentimento. De tão abstrato já não trazia mais grandes emoções, nem sonhos, nem expectativas - nem momentâneas e nem futuras."


Depoimento de "Mônica"

------------------------------------------------------------------------------------------------"Entra no trem, coloca os fones nos ouvidos e segue viagem com pensamentos soltos: ele parece estar longe e sua memória viaja também. Diferentemente do trem que possui um rumo, as idéias o perturbam e o proibem de saber a previsão de onde vai parar. A memória o força a trazer boas lembranças de "Mônica" e a saudade da garota de um tempo que não volta mais.
Ela que nunca mais ligou e nem mandou mensagens...ela que tanto o importunava com surpresas e letras de músicas, ela que mesmo estando longe transmitia em sonho uma certa energia boa.
"Eduardo" percebe que "Mônica" já não está na sua sintonia. E isso o perturba! Decide então ligar para a garota, quer saber dela, como está, o que anda fazendo da vida, se está feliz. Mas esbarra na idéia fixa de que "Mônica" não quer mais vê-lo, nem quer mais saber dele, em como ele está, e o que ele anda fazendo da vida e se está feliz!
Pensa em mandar uma mensagem, abre e fecha o campo mensagem no celular várias vezes, o hábito de digitar não é muito comum a ele e isso facilita na desistência. Triste e angustiado desce na estação e para sua surpresa...

Minha percepção sobre "Eduardo"
-----------------------------------------------------------------------------------------------"Mônica" está na estação, mas por alguns segundos apenas, a garota de um tempo que não volta mais, decide entrar no mesmo trem que "Eduardo" desceu... ele não sabe que, o que motivou "Mônica" a entrar no trem foi exatamente o fato de tê-lo visto rapidamente.

Minha análise...diante dos fatos!
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"Quem um dia irá dizer / Que existe razão / Nas coisas feitas pelo coração? /E quem irá dizer
Que não existe razão...?"

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Não houve tempo pra nada, "Eduardo" parou na estação e ali ficou vendo "Mônica" dentro do vagão que ia se distanciando. "Mônica" permaneceu imóvel próxima a porta. E pelo vidro podemos notar (eu e eduardo) os olhos de "Mônica" iluminados pelas lágrimas!

Nossa percepção ("Eu" e "Eduardo")

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Ela não soube me explicar porque chorou e porque fugiu!
Ele não quis falar, chorou e pensou que nunca mais sentirá a sintonia dos bons pensamentos de "Mônica".
Acho que encontros agora somente em sonhos não desejados por ela ou ao acaso proporcionado pelo destino, como nesse dia da estação!
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e pior que:
"todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz!!!!"
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"Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão...?
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Michelle Raphaelli

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